sábado, 13 de setembro de 2014

DREAM LAND, DE CHRISTINA ROSSETTI



DREAM LAND

Where sunless rivers weep
Their waves into the deep,
She sleeps a charmed sleep:
Awake her not.
Led by a single star,
She came from very far
To seek where shadows are
Her pleasant lot.

She left the rosy morn,
She left the fields of corn,
For twilight cold and lorn
And water springs.
Through sleep, as through a veil,
She sees the sky look pale,
And hears the nightingale
That sadly sings.

Rest, rest, a perfect rest
Shed over brow and breast;
Her face is toward the west,
The purple land.
She cannot see the grain
Ripening on hill and plain;
She cannot feel the rain
Upon her hand.

Rest, rest, for evermore
Upon a mossy shore;
Rest, rest at the heart's core
Till time shall cease:
Sleep that no pain shall wake;
Night that no morn shall break
Till joy shall overtake
Her perfect peace.



TERRA DE SONHOS

Onde os rios sem sol choram
as suas ondas no profundo,
ela dorme um sono encantado:
Non a desperteis.
Da mão de uma simples estrela
chegou de muito longe
para averiguar onde moram as sombras,
o seu doce desígnio.

Abandou a manhã rosada,
abandou os campos de milho,
por um ruivém frio e desolado
e fervenças.
No sono, como na vigília,
percebe pálido o céu
e escuta o rouxinol
que triste canta.

Repouso, repouso, un perfeito repouso
espalha pela testa e pelo peito.
O seu rosto mira para o oeste,
para a terra púrpura.
Não consegue ver o grão
a amadurecer na chaira e no alto;
não consegue sentir a chuva
a cair na sua palma.

Repouso, repouso, para mais sempre
numa praia coberta de musgo;
repouso, repouso no miolo do coração
até o tempo cessar:
dorme que nenhum tempo despertará;
noite que nenhuma manhã quebrará
até a ledícia conquistar
a sua paz perfeita.


Texto: Christina Rossetti
Tradução: Xavier Frias Conde


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